




ficha técnica
Data: 16 de janeiro a 08 de fevereiro de 2020.
Local: Zona Urbana de Moju (PA)
Realização: CoCriança A Casa de Açaí e Clube de Ciências Municipal de Moju..
Recursos: FAUUSP, A Casa de Açaí, Universidade Estadual do Pará - Campus Moju (UEPA-Moju) e Kyvo Design-Driven Innovation.
Facilitação: CoCriança e Clube de Ciências Municipal de Moju.
Participantes: 30 crianças do Ensino Fundamental I
Faixa Etária: de 06 a 12 anos.
Entregas intangíveis: estímulo à produção científica e ao exercício de cidadania por crianças.
Entregas tangíveis: adaptação da metodologia do CoCriança para os temas e contextos do A Casa de Açaí ; maquetes; mapas; conteúdo de pesquisa para o A Casa de Açaí e GDP-FAUUSP.
o imaginário e a moradia:
o que é o bem morar?
Durante três dias de atividades, o CoCriança trabalhou o imaginário da criança na temática do morar, instigando uma reflexão sobre formas de morar conhecidas e imaginadas. Além disso, foram feitas atividades sobre as redes e dinâmicas que possibilitam essas diferentes tipologias e construções, como os transportes e trocas de materiais construtivos em território nacional e estadual. Com isso, buscou-se discutir com as crianças as dinâmicas que antecedem a construção da casa, instigando-as a questionar como impactam os diferentes tipos de moradias.
No primeiro dos três dias de oficina com as crianças, o CoCriança recebeu os participantes em dois espaços: na Brinquedoteca feita pela UEPA, onde conduziram em atividades e brincadeiras, e no Laboratório Itinerante do Clube de Ciências de Moju. Foi permitido às crianças explorar os brinquedos, livros, mapas e experimentos livremente. No período da tarde, os participantes receberam mapas com alguns signos da paisagem de Moju, como o rio, a avenida principal, as escolas, e foram convidados a interferir nessas bases de modo a completá-las com o que achavam ser mais essencial para representar o município onde moram. Foi feito, em seguida, um mapeamento afetivo e elas puderam identificar onde moram e quais são os lugares mais importantes para elas no território.
No segundo dia, foi aprofundado o tema do imaginário do morar. Apresentamos as maquetes produzidas pelos alunos do grupo de pesquisa e conduzimos uma conversa sobre as possibilidades e limitações de cada forma de morar. Elas também puderam identificar a tipologia de suas casas, amigos e familiares, refletindo sobre as sensações físicas e emocionais de habitar em cada tipo de casa. Com a discussão em mente, elas desenharam qual seria a casa dos seus sonhos.
No último dia de atividade, foi feita uma gincana cujo objetivo era construir maquetes da moradia que as crianças consideravam ser “a casa ideal”, mas sem deixar de lado as redes e as dinâmicas que estão por trás da materialização do morar. As crianças foram separadas em grupos que deveriam viajar e enfrentar desafios de maior e menor complexidade de acordo com as informações coletadas pelo grupo de estudantes que participaram das etapas de pesquisa de campo - elas tinham que considerar elementos como importação e exportação de material de construção, impactos ambientais e materiais disponíveis no comércio local. O resultado foram maquetes com soluções construtivas muito bem pensadas e reflexões fundamentadas sobre o processo construtivo e de transições do morar que hoje acontece no território de Moju.